terça-feira, 4 de agosto de 2009

Julgando, né?

Tava conversando com o Dindinho ontem e a gente tava comentando sobre o problema de todas as Igrejas: a fofoca. Depois eu fiquei aqui pensando que, por trás dessas fofoquinhas, existe um problema que é bem maior do que este. Aí eu lembrei de uma história:
Um dia eu tava batendo perna no shopping (coisa não muito rara de se ver acontecer). Quando eu tava entrando numa das minhas lojas preferidas, vi uma mulher morena, bem de cabelo-mais-ou-menos mesmo, minissaia (é assim que se escreve agora?), barriga de fora, um saltão e, à tira colo, um monte de sacolas e um gringo. “Já vi tudo”, eu pensei. E vc também pensou agora, né?! Mas deixei pra lá, depois, é claro, de comentar com uma amiga que tava comigo.
Alguns dias depois, numa aula da faculdade, o professor passou um documentário feito aqui em Fortaleza mesmo sobre as chamadas mulheres da vida. Num determinado momento do filme, iam aparecendo as próprias mulheres falando para a câmera sobre seus sonhos e desejos. Do nada, aparece na tela uma mulher i-gual-zi-nha à que eu tinha visto outro dia no shopping. Só podia ser ela! A marca da blusa que ela tava vestindo denunciava. Chorando, ela disse mais ou menos assim: “aqui ninguém liga pra gente, não sou considerada bonita. As pessoas passam me olhando no meio da rua perguntando meu preço, com olhar de quem tá por cima, como se eu não tivesse valor nenhum, tirando conclusões sem nem mesmo me conhecerem ou saber como é minha vida. Quando os gringos chegam, é a chance que a gente vê de mudar de vida, de ser amada, porque eu também quero casar, ter uma família, ter meus filhos. Mas aqui não tem outra vida pra mim, vou fazer o que?
Nem preciso dizer que aquilo me chocou. Eu nunca tinha pensado que ela tinha sonhos. Pelo contrário, eu a julguei exatamente como todo mundo faz. De onde veio essa moral acusadora em mim? De Deus? Fala sério, né?!
Deus é aquele que vê o coração, e não a aparência. E sabe o que acontece? Quando nós julgamos, condenamos a nós mesmos. Primeiro porque não convém ou não edifica o julgar o próximo. Segundo porque não queremos que convenha ou edifique ao próximo um julgamento sobre nós. Terceiro porque Aquele que tá vendo tudo, que tudo sabe e que é justo vai saber julgar você com os mesmos critérios que você usou para o seu próximo.
Você sabe, né.. aquele ditado é “olho por olho, dente por dente”. E não olho por nariz, boca por queixo, bumbum por... deixa pra lá. Já deu pra entender.
Quando julgamos, saímos da condição de graça de Deus, passamos do plano divino para o terreno, do vertical para o horizontal.
Então, cale sua boca, barre seus julgamentos pelas aparências e ouça o coração de Deus e das pessoas.

Um comentário:

Davi disse...

Muito bom Vinha!!! Lembrando que ruim tbm é dar de comer a tal da fofoca!! E tbm que fofoca não é um gago falando foca!! Mas é muito paia ela!!!