sexta-feira, 28 de agosto de 2009

Bobinhos...

Então Jesus contou a seguinte parábola: —As terras de um homem rico deram uma grande colheita.
Então ele começou a pensar: “Eu não tenho lugar para guardar toda esta colheita. O que é que vou fazer?
Ah! Já sei! —disse para si mesmo. —Vou derrubar os meus depósitos de cereais e construir outros maiores ainda. Neles guardarei todas as minhas colheitas junto com tudo o que tenho.
Então direi a mim mesmo: ‘Homem feliz! Você tem tudo de bom que precisa para muitos anos. Agora descanse, coma, beba e alegre-se.’”
Mas Deus lhe disse: “Seu tolo! Esta noite você vai morrer; aí quem ficará com tudo o que você guardou?”
Jesus concluiu: —Isso é o que acontece com aqueles que juntam riquezas para si mesmos, mas para Deus não são ricos.
(Lc. 12:16-21)
Agora leia de novo:
“Ele pensou [consigo mesmo]: ‘O que [eu] vou fazer? [Eu] Não tenho onde armazenar [minha] colheita’. Então [ele] disse: ‘[Eu] Já sei o que vou fazer. [Eu] Vou derrubar os [meus] celeiros e construir maiores, e ali [eu] guardarei toda a [minha] safra e todos os [meus] bens, armazenados para muitos anos. Descanse, coma, beba e alegre-se.”
Eu. Eu. Meu. Minha. Eu. Eu de novo. Meus. Eu. Eu.
Esse homem rico da parábola concentrou a sua vida no meio da palavra D-EU-S. Até quando ele tava falando em terceira pessoa, ele tava falando com ele mesmo. Acho que, nos sonhos dele de construir celeiros maiores, com certeza ele quase chegou a visualizar o ego dele batendo no teto do novo celeiro. Só pode.
Ele juntou o bastante para comer, para beber e para descansar. Se mudou do Ceará pra Califórnia, comprou uma mansão no bairro dos atores de cinema, mobiliou, descarregou sua mudança. Encheu suas contas bancárias e ainda sobrou pra comprar um Hummer, contratar uns empregados. Aí só restou vestir o calção de banho e pular na piscina olímpica da sua casa nova. Pena que ele esqueceu de enchê-la. Mergulhou de cabeça no concreto e acordou na presença de Deus, que não estava nem um pouco impressionado com seu portfólio. Seu tolo! Esta noite você vai morrer; aí quem ficará com tudo o que você guardou?
Ele foi à pessoa errada com a pergunta errada. O problema não foi ele ter planejado, mas seus planos não incluírem Deus. Seu problema foi sua arrogância. Aí Deus vem e faz um lembrete: O coração do homem pode fazer planos, mas a resposta certa dos lábios vem do SENHOR (Pv. 16:1). Ou, se você preferir: Porque os meus pensamentos não são os vossos pensamentos, nem os vossos caminhos, os meus caminhos, diz o SENHOR, porque, assim como os céus são mais altos do que a terra, assim são os meus caminhos mais altos do que os vossos caminhos, e os meus pensamentos, mais altos do que os vossos pensamentos (Is. 55:8,9). Qualquer um serve.
Ele caiu no mesmo erro do pessoal que foi construir a torre de Babel, cujo lema era: “Quanto mais você amontoar, mais seguro estará.” E foi o que eles fizeram: acumularam bastante. No final, sua torre ficou tão alta que eles tinham dor no pescoço só de olhar pra ela. De repente, Deus chegou e confundiu todo mundo: eles não falavam mais coisa com coisa.
É, parece que o medo nunca na história foi famoso por sua lógica. Por que iria ser hoje? E é porque a lógica nem é tão complicada assim.
Realmente, se não existisse Deus, guardar coisas seria o melhor caminho para um futuro incerto. Mas Deus existe e ele não quer que nós confiemos em nós mesmos e no que somos capazes de guardar. E nós sabemos disso. A questão é que nós, na qualidade de ovelhas, nem sempre somos muito inteligentes. Precisamos mesmo de alguém que nos socorra.
Acho que o importante daqui é lembrar de uma coisa bem simples: não foi o Tio Patinhas que criou o mundo. Deus o criou.

(adaptado)

Um comentário:

auri disse...

Você me surpreende a cada novo dia. Todos os artigos, maravilhosos. Que o Senhor lhe use sempre, para abençoar outras vidas. Beijo